Publicado em: 10/11/2017 23:46:32
Movimentos populares locais, Pastorais, Grupos de pesquisa e Conselho Indigenista Missionário realizarão na próxima terça feira um julgamento simbólico que objetiva mostrar o que de fato ocorreu e quais os impactos sociais e ambientais com a implantação das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira.
O julgamento que tem valor simbólico acontece no próximo dia 14 (terça-feira), no Ministério Público do Estado de Rondônia, a partir das 14 horas.
É organizado pelo Grupo de Pesquisa Energia Renovável Sustentável – GPERS, Instituto Madeira Vivo – IMV, Movimento dos Atingidos Por Barragens – MAB, Comissão Pastoral da Terra – CPT, Conselho Indigenista – CIMI, Central de Movimentos Populares – CMP, Aliança Dos Rios Panamazônicos e com a participação das pastorais sociais da arquidiocese de Porto Velho.
A ideia surgiu no II Encontro Sem Fronteiras Brasil, Bolívia e Peru, realizado em agosto de 2016.
A intenção é demonstrar o que de fato ocorreu e se agrava em termos de impactos sociais e ambientais com a implantação das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira.
É um Tribunal Popular para análise técnica e política das violações de direitos ocorridas com a construção da usinas, que resultaram em crimes contra o meio ambiente e pessoas.
A cheia avassaladora de 2014, a lentidão das ações judiciais e o assassinato da liderança do MAB, Nilce de Souza Magalhães, terão destaque no julgamento.
A participação de atingidos será emblemática, com vítimas da área urbana e rural, inclusive da Bolívia.
Pescadores, ribeirinhos, agricultores, especialistas nos campos energético e ambiental irão testemunhar sobre o que ocorreu após a construção das usinas.
O corpo de jurados será formado pelo especialista em modelo energético e pessoas críticas e comprometidas com lutas sociais, entre eles, o bispo Dom Antônio Possamai, o psicólogo Aloisio Vidal, o físico Artur Moret, a jornalista Luciana Oliveira e o Deputado Estadual Lazinho da Fetagro.
O juiz que coordenará o I Tribunal Popular é Marcos Aurélio Bastos de Macedo, da Bahia.
Qualquer pessoa pode assistir e terá direito a certificado.
Fonte: http://www.gentedeopiniao.com.br/noticia/tribunal-popular-vai-julgar-impactos-das-usinas-do-madeira-por-luciana-oliveira/174207